Aeamc se reúne com prefeito de Mogi para estreitar relacionamento

Os diretores e conselheiros da Aeamc se reuniram na tarde desta quarta-feira (13) com o prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha, visando apresentar a Associação e se colocarem à disposição para auxiliar nos projetos relacionados às áreas de Engenharia e Arquitetura que envolvem a cidade, como já ocorreu em outras administrações.

O encontro foi realizado na Prefeitura e contou com a presença do secretário municipal de Planejamento e Urbanismo, Claudio de Faria Rodrigues, que iniciou a intermediação lembrando o quanto a Aeamc participa ativamente das ações da Prefeitura e o quanto essa colaboração é importante. “Estamos aqui com pessoas que realmente ajudam o Executivo, seja por meio do apoio técnico dos profissionais da entidade ou dos Conselhos Municipais, que muitos são membros”, reforçou.

O presidente da Aeamc, arquiteto Nelson Bettoi Batalha Neto, agradeceu ao prefeito por ele ter recebido a Aeamc e enfatizou sobre a questão do Movimento Pedágio Não, informando que, em nome da Aeamc, assinou um documento, e a pedido do jornal O Diário, também fez uma carta para ser publicada no jornal, assim como várias entidades estão fazendo.

Em relação ao pedágio, o prefeito falou que é contra a sua instalação em Mogi e frisou sobre a importância de todas as entidades fazerem uma publicidade grande sobre o posicionamento contra essa proposta: “Nos últimos meses, tanto o governo estadual quanto a Artesp mandaram algumas provocações para nós, querendo iniciar as benfeitorias. Mas as entidades, a população e outras iniciativas precisam se juntar, pois já aprendemos, por exemplo, com o lixão, e podemos agora fazer melhor, impedindo a instalação do pedágio aqui”.

 

Patrimônio histórico

O arquiteto Selmo Roberto Santos, conselheiro da Aeamc e presidente do Comphap, elogiou o sistema de aprovação digital da secretaria de Planejamento e ressaltou sobre o grande ganho que esse modelo também está trazendo para a pasta do Verde e Meio Ambiente. Logo, falou da importância de ter um sistema similar dentro do Conselho para realizar um trabalho mais ágil e de boa qualidade.

Outro assunto levado por ele é sobre o Casarão dos Duques, que foi tombado no ano passado e está liberado para realizar as intervenções necessárias para a sua reforma. Mas pediu o apoio para o trabalho em conjunto, tendo em vista que já houve uma decisão judicial, na qual informa que será preciso fazer a prestação de contas mensalmente das demandas, escopo este que já é de conhecimento do secretário de Planejamento e que vai envolver diversas frentes do Executivo.

Em relação a isso, o prefeito disse que já estava estudando e até marcou uma reunião sobre o caso. “Temos hoje pouquíssimas estruturas históricas em Mogi e temos que preservá-las”, completou.

Além disso, o presidente do Comphap trouxe à tona o possível fechamento do Museu Guiomar Pinheiro Franco, lamentando o fato e pedindo que o prefeito reconsiderasse a decisão por, pelo menos, 90 dias, tempo suficiente para o Conselho trazer uma alternativa.

Só que Cunha informou que, na verdade, a intenção nunca foi o fechamento, mas sim o tombamento. “O que saiu nos jornais foi apenas sobre uma negociação de valores do aluguel que estávamos tentando fazer com a proprietária do prédio, este que ainda não é da Prefeitura, mas poderia ser. Não sei porque não fizeram isso até hoje. Quero preservar esse prédio e trabalhar pelo seu tombamento”, esclareceu.

 

Mobilidade

Outro conselheiro da Aeamc, o arquiteto Paulo Pinhal, falou sobre os desafios da mobilidade em Mogi e sobre o Conselho Municipal de Mobilidade, que poderia ser mais ágil, com reuniões mais regulares. “Isso faz com que o Conselho se fortaleça”, disse Pinhal, lembrando sobre um projeto que foi apresentado à Prefeitura com a proposta de ciclofaixas de emergência: “Agradeceria se ligasse os holofotes para a mobilidade também.”

 

Crea-SP

O diretor-administrativo do Crea-SP, engenheiro Joni Matos Incheglu, também participou do encontro e comentou sobre o termo de cooperação entre o Crea e a Prefeitura e o alinhamento das agendas com o presidente, além de colocar o Conselho à disposição.

Ele também frisou sobre a Lei de Inspeção Predial Obrigatória, que está parada na Câmara e o quanto ela tem sido vista com bons olhos, e sobre a possibilidade de uma campanha de conscientização sobre a importância de ter um profissional à frente de qualquer atividade de Engenharia e Arquitetura, e a importância do RRT e ART: “A minha sugestão é que se faça um trabalho em conjunto com o Crea, a Aeamc e a Prefeitura.”

 

Aeamc

A importância da contribuição da Associação para as tomadas de decisões em relação aos projetos relacionados à área na cidade também foi citada pelo diretor-administrativo da Aeamc, engenheiro Mauro Rossi. “A Aeamc sempre atuou dando elementos técnicos para contribuir nas decisões da Prefeitura e nós estamos dispostos a isso sempre”, completou.

Segundo o prefeito Caio Cunha, a sua forma de trabalho é sempre colaborativa e, embora a Prefeitura tenha o poder de decisão, é sempre bom ter olhares diversos e até discordâncias para se trabalhar de forma coletiva, pois a cidade é feita de pessoas. “Assim, as portas estão abertas para a participação de vocês”, concluiu.

Participaram da reunião também o vice-presidente da Aeamc, engenheiro Miguel Assis; a diretora de Arquitetura e Urbanismo, arquiteta Jane Marta; o diretor de Patrimônio, engenheiro Antonio Custódio; e o conselheiro, engenheiro Clecio de Miranda.