Construção volta a acelerar a criação de empregos no mês de julho

A indústria da construção brasileira abriu 32.082 empregos em julho de 2022, um aumento de 1,29% sobre o total do contingente empregado em junho, mês em que criou 30.257 postos de trabalho com carteira assinada; em maio, foram 35.445 postos de trabalho; em abril, 25.341; em março, 25.059 empregos; em fevereiro, 39.453, e em janeiro, 36.809.

No acumulado de 2022, o setor empregou mais 216.585 trabalhadores, uma elevação de 9,38% na comparação com o número empregado em dezembro. No acumulado de 12 meses até julho, foram 248.731 novos empregos, aumentando o contingente em 10,93%.

Em julho, a construção foi o quarto setor que gerou o maior número de postos de trabalho formais, atrás de serviços (+81.873 vagas), da indústria (+50.503) e do comércio (+38.574,) e na frente da agropecuária (+15.870).

Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e foram divulgados em 29 de agosto, pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Das vagas abertas pela construção em julho, 7.712 foram registradas no Estado de São Paulo.

De acordo com Odair Senra, presidente do SindusCon-SP, “o resultado demonstra que o ciclo de crescimento da construção segue com base nas obras contratadas, mas ainda vislumbramos um cenário de redução futura da atividade. O volume de obras de infraestrutura contratadas no âmbito eleitoral tende a recrudescer após as eleições. E há incerteza em relação ao ritmo de contratação de novas obras residenciais, em função da combinação da manutenção dos juros altos e da redução da renda das famílias.”

De fato, o ritmo de aumento do emprego nas atividades imobiliárias do setor de serviços continuou em desaceleração. Em julho, foram criados 52 empregos, ante as 481 vagas abertas em junho, 725 em maio, 1.052 em abril, 1.299 em março, e 1.376 em fevereiro. Nos sete primeiros meses do ano, foram criados 6.060 postos formais de trabalho (+3,55%). No acumulado de 12 meses até julho, foram 12.233 novos funcionários (+7,45%).