Planejamento é etapa fundamental da gestão

A Gestão de Projetos tem evoluído no sentido de que o projeto deve ser pensado desde seu início de maneira operacional, seja para habitações de interesse social ou não, segundo o Arq. Eduardo Palermo. O profissional é gerente de contratos e projetos, e especialista em Planejamento e Gestão Aeroportuária e mestre em Gerenciamento da Construção Civil na área da sustentabilidade. Ele abordou o tema no 42º Papo Tecnológico aeamc.

“A geração de valor está diretamente ligada com os benefícios que as entregas e os resultados poderão trazer para o cliente, usuário final e sociedade como um todo. Acredito que o profissional deve começar o processo pensando nas características e necessidades do cliente que irá adquirir o novo produto”, destacou.

No caso das habitações de interesse social, ele afirma que o trabalho começa pela escolha da região em que o empreendimento será implantado e, a partir disso, selecionar de forma criteriosa o terreno que deve apresentar facilidade de acesso por transporte público, serviços próximos, estacionamento e ainda ser próximo de polos industriais que possuem grande capacidade de geração de emprego. “É claro que, em alguns casos, não vamos conseguir atender todas as necessidades, mas cabe avaliar as ameaças e oportunidades ao priorizar um item em detrimento de outro”, disse.

Apesar dos projetos de construção usarem uma abordagem preditiva, o arquiteto defende que é essencial ouvir o cliente e adaptar o escopo sem ultrapassar o limite do risco, implementando um controle integrado de mudanças para saber se o impacto no orçamento irá superar ou não os benefícios pré-definidos na etapa de planejamento.

 “As mudanças aprovadas poderão gerar valor antes mesmo do projeto/obra se encerrar, através da percepção do cliente ou aumento das vendas, por exemplo. Outro ponto importante é avaliar os riscos envolvidos no processo de aquisição de insumos/materiais da obra, também conhecido como custos diretos. Cada risco pode ser classificado como ameaça ou oportunidade”, explica Palermo.

Um exemplo, segundo o arquiteto, seria planejar as aquisições em maiores quantidades que permitem melhores negociações com fornecedores, impactando diretamente nos custos associados. “Por outro lado, poderíamos ter um risco relacionado à necessidade de armazenagem desse material, que geraria custos indiretos, caso não seja consumido na hora, representando uma ameaça. A tomada de decisão dependerá do grau de apetite ao risco que a empresa ou equipe está disposta a se expor”, avalia.

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Destaque da edição 66 da Revista Profissionais em Foco. Acesse a edição completa, clicando AQUI.