Um otimismo moderado prevalece entre os empresários da construção. O Índice de Confiança do Empresário da Indústria (Icei) deste setor atingiu 53,1 pontos, ligeiro avanço 0,4 ponto em novembro, na comparação com outubro. Contudo, o índice segue abaixo de sua média histórica, o que revela moderação da confiança. 

O dado é da Sondagem da Indústria da Construção da CNI (Confederação Nacional da Indústria), com base em informações coletadas junto a 356 empresas, sendo 135 pequenas, 146 médias e 75 grandes, entre 1 e 13 de novembro. A pontuação vai de 0 a 100, denotando otimismo ou confiança a partir de 50. 

Entre os componentes do Icei, os principais responsáveis pelo avanço do mês foram as expectativas, que apresentaram avanço de 0,6 ponto, ficando em 55,7 pontos em novembro. As expectativas da empresa estão ligeiramente mais otimistas (índice passou de 58,4 pontos para 58,8 pontos) e as expectativas em relação à economia brasileira estão menos pessimistas do que em outubro (índice passou de 48,5 pontos para 49,3 pontos). 

Já a avaliação dos empresários com relação às condições atuais ficou praticamente estável em relação a outubro (índice passou de 47,8 pontos para 47,9 pontos). Por um lado, a avaliação com relação às condições atuais da economia brasileira foi menos pessimista em novembro (índice subiu de 43,8 pontos para 45 pontos). Por outro lado, o índice de condições atuais da empresa se afastou da linha de 50 pontos em direção ao campo negativo (índice caiu de 49,8 pontos 49,3 pontos). 

Otimismo mais moderado 

Todos os índices de expectativas para a indústria da construção recuaram na passagem de outubro para novembro. Apesar do recuo, os indicadores permanecem acima dos 50 pontos, indicando uma percepção de otimismo menos intenso e disseminado para os próximos seis meses. 

O índice de expectativa do empresário em relação ao nível de atividade foi de 52,8 pontos, diminuição de 1,6 ponto frente a outubro. O índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços recuou 2,6 pontos, chegando a 51,1 pontos em novembro. Ainda assim, ambos permanecem acima do patamar em que se encontravam em novembro de 2022. 

O índice de expectativa de compra de insumos e matérias-primas caiu 1,5 ponto na passagem de outubro para novembro, atingindo 51,6 pontos. Já o índice de expectativa do número de empregados recuou 1,3 ponto, passando para 51,8 pontos no mesmo período.  

Intenção de investir 

O índice de intenção de investimento da indústria da construção avançou 0,6 ponto na passagem de outubro para novembro de 2023, alcançando 43,4 pontos. Esse avanço interrompe uma sequência de três recuos consecutivos do indicador. A intenção de investir segue relativamente elevada: o índice de novembro ficou acima da média histórica, de 37,1 pontos. 

Atividade e emprego  

Em outubro, o índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção ficou em 49,7 pontos. O resultado de outubro apresentou avanço de 3,5 pontos frente ao mês anterior, levando o índice para muito próximo da linha divisória de 50 pontos, o que sinaliza uma queda pouco intensa e disseminada. O índice se encontra acima da média para meses de outubro, de 47,7 pontos, ou seja, o índice de outubro de 2023 revela desempenho mais favorável que o usual para o período. 

Dentre os setores da construção, destaca-se a Construção de Edifícios que, na passagem de setembro para outubro havia saído do patamar de queda para aumento da atividade, ao passar de 46,4 pontos para 51,1 pontos. Contudo, Obras de Infraestrutura e Serviços Especializados para a Construção apresentaram avanços, mas ainda se encontram em queda, abaixo da linha divisória de 50 pontos. 

O índice de evolução do número de empregados da construção foi de 48,4 pontos em outubro de 2023, após ligeiro avanço de 0,1 ponto. O índice está acima do comportamento médio observado para os meses de outubro, de 46,3 pontos. Ou seja, o índice de número de empregados também revela desempenho menos desfavorável que o usual para o período. 

Utilização da capacidade 

Em outubro, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) avançou 1 ponto percentual (p.p.), passando para 68%. 

Trata-se do mesmo percentual registrado em outubro de 2022 e de um aumento de 2 p.p. frente ao indicador de outubro de 2021. Desde maio, a UCO apresentou avanços e recuos, oscilando entre 67% e 68%.  

Fonte: SindusCon-SP