Parceria entre o CAU Brasil e o Ministério da Cultura (MINC) vai aprimorar políticas públicas de assessoria técnica para implantação de equipamentos culturais em regiões periféricas. Protocolo de Intenções vai promover intercâmbio de experiências, informações e tecnologias com vistas ao desenvolvimento cultural e urbano nas áreas periféricas foi aprovado na 142ª Reunião Plenária Ordinária do CAU Brasil.
Destaque será para ações de assistência técnica, planejamento participativo e suporte técnico. Caberá ao CAU Brasil mobilizar os CAU/UF, a fim de facilitar a assistência técnica e assessoria a Prefeituras e Governos Estaduais responsáveis pela gestão dos equipamentos de cultura no âmbito do Programa Territórios da Cultura.
O Protocolo prevê ainda o desenvolvimento de um programa de capacitação específica para arquitetos(as) e urbanistas atuarem nessas áreas. “A proposta busca efetivamente impulsionar o potencial das áreas periféricas, ampliando sua participação ativa na gestão cultural”, afirmou o conselheiro do CAU Brasil Ricardo Mascarello, coordenador da Comissão de Política Urbana e Ambiental.
O Ministério da Cultura, por sua vez, assume o compromisso de promover ações de apoio técnico e programas de formação, especialmente direcionados às comunidades associadas aos equipamentos culturais.
Existe ainda a intenção de aproveitar os espaços culturais para a instalação de Escritórios de Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social (ATHIS), com arquitetos e urbanistas asessorando a população local.
Esse direcionamento estratégico busca criar uma base sólida para a efetiva transformação das realidades urbanas e culturais nas áreas periféricas.
Homenagem
O Congresso Nacional prestou homenagem a mais de 220 mil arquitetos(as) e urbanistas brasileiros(as) em uma sessão solene realizada no dia 1º de dezembro. O evento no Plenário da Câmara dos Deputados marcou o início das festividades do Dia Nacional do Arquiteto e Urbanista, em 15 de dezembro.
Proposta pela deputada Denise Pessôa (PT/RS), também arquiteta e urbanista, a sessão contou com a presença de profissionais do setor e deputados federais de todo o país. Na sua fala, a deputada abordou a representatividade feminina na Arquitetura e Urbanismo: 73% dos profissionais com menos de 30 anos são mulheres. “No entanto, a desigualdade no mercado de trabalho é evidenciada pela diferença salarial de 15% entre mulheres e homens arquitetos”, disse. “Precisamos ocupar os lugares de poder, pensar políticas públicas e lutar por reconhecimento.”