O principal diferencial da habitação de interesse social, segundo a vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP), Eng. Civ. Lígia Marta Mackey, é a destinação às famílias de baixa renda, com foco na redução do déficit habitacional do país. A demanda, segundo ela, está próxima de 6 milhões de moradias, de acordo com o último levantamento da Fundação João Pinheiro, realizado em 2019.
“O programa Casa Verde e Amarela produz moradias subsidiadas e conta com financiamento habitacional. Contudo, o governo federal reduziu, ao longo dos anos, a participação de recursos públicos em programas habitacionais. O Casa Verde e Amarela no próximo ano terá corte de 95% no orçamento. Isso reforça a preocupação com as habitações sociais. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), por exemplo, teme uma nova paralisação na construção das moradias populares por conta da insegurança com relação aos recursos”, afirma Lígia Mackey.
A engenheira civil destaca que a recomendação da CBIC é de que haja uma regularidade no fluxo de investimentos públicos: “Apesar das construtoras não possuírem mais as habitações sociais como principal fonte de renda, essas representam quase 30% dos empreendimentos realizados, e qualquer entrave prejudica a concretização e efetivação dessas políticas públicas. Assim, é possível garantir a moradia digna para o cidadão, – um direito constituído, mas que ainda não alcança a população que mais necessita – e, ainda, fomentar o mercado da construção civil, que no último ano registrou aumento de 150% na geração de vagas com carteira assinada”.
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