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Perspectiva é otimista para a Engenharia e Construção

Para a Eng. Lígia Mackey, vice-presidente do Crea-SP, a construção civil é um setor em ascenção para o próximo ano; Sinduscon-SP também tem perspectiva positiva

 

Com base no levantamento do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a Eng. Lígia Mackey, , ressalta também a perspectiva da criação de novos postos de trabalho. “Os dados mostram que, entre junho de 2020 e abril de 2022, houve um salto de meio milhão na contratação de trabalhadores com carteira assinada no setor, um cenário importante para a área tecnológica. Prova disso também é a projeção da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que estima um aumento de 13,5% para os próximos anos”, disse.

O investimento em soluções inteligentes também devem ser destaques para 2023, de acordo com a engenheira, voltadas para os centros urbanos e para as novas demandas da sociedade. “A exigência de ambientes mais saudáveis, sustentáveis e conectados fez com que tecnologias como internet das coisas, inteligência artificial e realidade aumentada se ampliassem como alternativas inovadoras para o próximo ano, além de fortalecer a atuação das engenharias”, avalia.

A aplicação de novas tecnologias promete ser uma exigência para que as empresas do setor se mantenham competitivas, de acordo com a vice-presidente do Crea-SP: “A robotização de processos, a aplicação da metodologia BIM noscanteiros de obras, o investimento em cidades inteligentes e o uso de drones e da rede 5G são apenas alguns dos exemplos em destaque para a área tecnológica. No âmbito da construção civil, as construções sustentáveis foram uma das frentes prioritárias nos projetos este ano e prospectam mais espaço para 2023”.

 

SINDUSCON-SP

O SindusCon-SP realizou, no dia 6 dezembro, uma reunião de Conjuntura com um balanço de 2022 e perspectivas para a construção em 2023. O evento foi conduzido por Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia da entidade, com a participação do presidente Odair Senra, e de Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre.

Para Zaidan, a indústria da construção enfrentará uma agenda de desafios no próximo ano, ainda dentro de um sistema econômico debilitado. A avaliação é que o setor só investirá no aumento da produtividade se tiver um horizonte de produtividade, o que esbarra em questões como as dificuldades em encontrar mão de obra para serviços básicos.

A estimativa de Ana Maria para o PIB (Produto Interno Bruto) da construção é de um crescimento de 7% em 2022, semelhante a 2016. Para 2023, a alta deve ser menor, segundo ela, ficando em 2,4%, devido às empresas que poderão evoluir 3,5%, e os demais segmentos cerca de 1%. Entre os fatores que podem influenciar negativamente a retomada, ela destacou o endividamento das famílias, a perspectiva de crescimento menor do mercado de trabalho e da renda, e a questão fiscal.

A coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre também ressaltou o possível aumento de investimentos em infraestrutura, com a perspectiva que isso ocorra, principalmente a partir do Poder Público, uma vez que os recursos privados não são considerados suficientes para substituí-los. Ana Maria disse que 2023 deve ser favorável aos segmentos de alta renda e de habitações
econômicas, com crescimento das edificações estimado em 5%. Já para os serviços de construção a projeção de alta é de 4%; para infraestrutura de 1%, assim como para o chamado “consumo formiguinha” e autogestão.

Destaque da edição 67 da Revista Profissionais em Foco. Acesse a edição completa, clicando AQUI.