Por Rafael Marko (SindusCon-SP)
Os preços dos imóveis residenciais novos em dez capitais do país voltaram a avançar em termos reais em junho e julho, depois de uma interrupção desta tendência em maio. Foi o que apurou o IGMI-R (Índice Geral de Preços de Imóveis Residenciais), pesquisado pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Em julho, os preços destas unidades subiram em média 1,86% sobre junho, e 11,02% no acumulado de 12 meses, variações superiores às do IPCA (Índice de Preços do Consumidor Amplo). Na capital paulista, estas elevações foram de 2,39% e de 17,83%, respectivamente.
Além de São Paulo, as capitais que registraram os maiores aumentos em julho foram Rio de Janeiro (2,57%), Curitiba (1,61%), Porto Alegre (1,36%), Goiânia (1,18%) e Salvador (1,07%).
No acumulado de 12 meses, as maiores altas aconteceram em Brasília (11,02%), Rio de Janeiro (8,76%), Curitiba (8,46%) e Goiânia (7,09%).
Na avaliação da Abecip, o segundo semestre deste ano ainda apresenta tendência de elevação dos preços dos imóveis, apesar das preocupações em relação à intensidade dos aumentos de juros e a persistência da crise sanitária freando a recuperação do crescimento econômico.
De acordo com a entidade, os aumentos dos preços dos imóveis derivam principalmente da elevação dos custos industriais, incluindo os da construção civil.
Apesar do aumento da Selic, as taxas de juros reais ainda se situam em níveis historicamente baixos e a imunização contra a Covi-19 segue avançando e contribuindo para o relaxamento das medidas de isolamento social sobre a retomada das atividades, observa a Abecip.